sábado, 22 de março de 2014

LUGAR INSPIRADOR



POEMA DA BIBLIOTECA
Sou cheia de cavidades, conteúdos, somas
Tábuas paralelas, segurando sonhos
Sou alta, larga, profunda – com glórias
Carrego das vidas, todas as histórias
Sou aquela que registra a própria civilização
Sou mais importante do que o pão
Sou forte, plena cortejada e vaidosa
Sou cheia de luz, em verso e prosa
Tenho brilho por ter romance de alguém
Sou altamente cultural também
Sou a que guarda os tesouros da terra
O Reino das palavras, na Paz e na guerra
Sou a que só se desfaz por acidente
Por incêndio - ou demente
Tenho páginas de rostos no meu Ser
Em belo acervo de aventura e prazer
Sou a que é certa por linhas certas
O mundo mágico dos Poetas
Sou a maravilhosa biblioteca
Reino da fantasia para mentes abertas
 
Silas Corrêa Leite

sexta-feira, 21 de março de 2014

REELEITURA DE UM TEXTO LITERÁRIO

Uma reeleitura do texto “Construção – Chico Buarque”
A noite cai pela última vez...
“Psiu, psiu, acorda Frederico...olhe, o dia está lindo!”. “Ah, me deixa ficar só mais um pouco”. “Negativo já está atrasadíssimo para o trabalho”. “Está bem”.
Após vestir-me e tomar café, saí para a construção da mansão do velhote milionário Ericxin. O dia foi árduo, difícil até para o mais hábil dos construtores, parece sempre os mesmos movimentos, a rotina me enfada, volto para casa de metrô, esta lotado, não caberia mais nem uma mosca neste vagão.
 Ao chegar em casa encontro minha mulher Elisa esperando-me sentada no sofá  vendo um programa na televisão, me sento ao seu lado, estou sujo, mas Elisa não protesta. Pergunta como foi meu dia. Ignoro e simplesmente não prossigo no assunto, pois parece não interessar a ela. O silencio torturante toma conta do ambiente, que de repente é quebrado por um estalo que ecoa pela casa, são as velhas escadas de madeira que rangem noite após noite, sem mesmo serem tocadas. Olho demoradamente para minha mulher, parece que o tempo para ela não passa, continua linda, resolvo tomar um banho, enquanto me retiro Elisa reclama de Gabriel e Lucas que não haviam dado sossego o dia todo, são gêmeos e adoram detonar a casa gastando suas energias.
O sol esta se pondo e os raios solares iluminam o velho Tristan. Após o banho resolvo ir a sala onde geralmente encontro a “paz”, mas neste dia que não é qualquer dia, não a encontro. Algo de inquieto se apossa de mim.
Vou ao quarto onde Elisa repousa, beijo-a, sinto o amor quase quebrado, recordo o amor que senti no nosso primeiro beijo e a emoção deste último, há uma antítese entre um e outro, Elisa está serena, não acordou, assim vou ao quarto de meus filhos, olho-os, eles dormem abraçado como se assim ninguém pudesse separá-los, aproximo-me lentamente, beijo suas bochechas rosadas várias vezes, percorro mais alguns instantes ao cômodos da casa, desço as velhas escadas que gemem e saio para a rua.
Caminho pela noite a procura de algo, não sei ao certo o que procuro e nem que caminho tomar, só quero andar e andar ou esquecer,  sem dar-me conta estou em um bairro estranho, vislumbro um bar e entro. Sento-me. Peço uma bebida forte, tomo como se este líquido matasse minhas tristezas e afogasse minhas magoas. Rio ao sentir algo girar dentro de mim. Danço mesmo sabendo que todos me olham, ao dar-me conta que o bar esta vazio, solto uma gargalhada estridente e peço comida, a mais cara, não tinha, mas imagino algo precioso e bom que alimente a minha alma e mate minha fome de tudo que me coroe.
O sorriso em meu rosto é desfeito ao lembrar de meu lar, de minha esposa e de meus  filhos e do imenso amor que sinto por eles, mas uma tristeza me abate novamente, lembro que não sou bom para eles nem para mim mesmo. Saio a esmo novamente, olhou uma ponte ao longe, abaixo dela trafega muitos veículos. Ao dialogar com ela, a ponte, exprimo todo meu desprezo para com aquela passagem que leva a riqueza e a pobreza, e agora parece que esse objeto serve para uma explosão de sentimento que não mais cabe em meu peito.
Atravesso a rua com meu passo lento como se não quisesse chegar aonde eles querem me levar, subo o aclive, subo mais e sinto minhas pernas como chumbos, troco meus passos como máquinas que manipulam pessoas, subo e chego, olho agora de cima, vejo tudo e todos, até aquela lua sem brilho que chegou ao seu limite de altura e só falta cair, assim como eu Frederico, só falta cair, a maldita frase ecoa em minha mente.
Sinto asas, sinto-me livre para acompanhar a lua. Pulo os segundos, voo, chego ao limite como a lua e deixo de brilhar. Ouço novamente a voz chamar: “Psiu, psiu, acorda Frederico”...mas não consigo alcançar meu corpo, sigo com a lua.
Estudante: Paulo
1º ano da Formação de docente

Professora tutora: Lourdes Scobar


quinta-feira, 13 de março de 2014

Carta: Por que a Música influencia em minha vida?


Cara Professora Maria Helena,
            Escrevo esta carta para contar-lhe um pouco da minha história e como a música influencia na minha vida.
            Meu pai é músico, ele fazia dupla com alguns amigos, mas nunca deu certo.
            Aí, quando minha mãe engravidou de mim, meu pai falava que este bebê que iria nascer seria o seu tecladista e companheiro de música. Nasci no dia 18 de agosto de 2002.
            Com alguns dias de vida comecei a ganhar alguns brinquedos, em especial, uma caixinha de música, que foi meu brinquedo favorito.
            No dia do meu batizado dei muito trabalho porque queria ficar agarrado em uma caixa de som que estava no altar, se minha mãe me tirasse dali eu caia no choro.
            Minha mãe conta que demorei muito para falr, mas quando falei foi uma frase completa e também cantei um pedacinho de uma música.
            O tempo foi passando e meu foi se dando conta que a música fazia parte da minha vida, mesmo antes de nascer.
            Eu tinha 4 anos quando peguei pela primeira vez um teclado, mostrei que tinha aprendido muita coisa, somente observando o colega de meu pai. Foi tudo automático.
            Como o teclado era emprestado e meus pais não tinham condições para comprar um para mim, eles resolveram vender a casa que nós morávamos para comprar os instrumentos. A partir dali não parei mais, hoje sou o tecladista do meu pai, o companheiro que ele sonhava mesmo antes de eu nascer.
            Nós cantamos juntos a 6 anos, e para mim é a maior alegria de poder levar alegria, felicidade, paz, amor nos corações das pessoas através da harmonia da música.
            A música que eu mais gosto é essa:
            “Pai ( Banda Danúbio Azul)
Hoje quando eu acordei, de joelhos fiquei e fiz minha oração.
Eu também falei com o pai coisa tão especiais que vem do coração.
Agradeci o dom que eles nos deu somos os filhos teus que nasceram pra cantar.
Obrigado por nos dar tantos amigos, E poder cantar contigo pra nossa história continuar.
Pai, muito obrigado. Nossa família é mais forte ao seu lado...”
            Por enquanto é isso que tenho para falar de minha história com a música.

Daniel dos Santos Ortiz Barbosa.
11 anos, 6º ano A





             Cara Professora,  
             A música para mim é muito importante porque ela expressa tristeza, alegria, vitória, desabafo, e historias de nossas terras e de nossa família.
            Sempre que minha família se reúne para comemorar algo, é,  comum meus tios, avós cantarem música raízes, contos religiosos e sertanejas ao som de violão e todos cantam juntos.
            Em fim a  musica é importante para todos como cultura, como expressão de alegria ao ganhar um jogo de futebol ou em um aniversário, em casamentos e também em cultos religiosos como louvor. Como diz o ditado “Quem canta seus males espanta”.
Abraços
Estudante: Carina T. Paz 6º A
Língua Portuguesa
Professora:Maria Helena de Fatima da Silva